As cartas que nunca chegaram, resolvem aparecer no correio onde não há nenhuma casa, as palavras nunca ditas antes, hoje soam um canto gregoriano sob um nascer do sol que ainda é escondido pelas montanhas, as promessas não cumpridas são agora pronunciadas com um tom de verdade que é abafado pela realidade, os sonhos não realizados, ganham novos personagens e paisagens que logo são trocados por pesadelos...
A dúvida, ela é o que permanece de mais certo que possuímos, nos deixa então confusos. Lidar com o que conhecemos é mais facil... saber o que esperar, quando esperar e também quando não esperar nada.
Mas quando fogem desses padrões ao qual deixamos nos acostumar e nos apegar para nos proteger de tudo que não seja aquele velho hábito, nos faz perder o sono, nos faz criar novamente aquela velha esperança que juramos nao voltar a ter jamais.
Então, nos deixamos novamente envolver no embalo da dança. Porém não somos mais quem a conduzimos. Somos guiados, sabemos apenas que estamos nos movimentando, mas nem pra onde ou o porque. Tentamos abrir os olhos, mas o salão está escuro.
Desconfiança é o que aparece então. Mas não conseguimos dar força para que ela se rebele e consigamos escapar, porque no fundo ainda queremos continuar na dúvida, na esperança e no escuro. Porque finalmente as cartas estão chegando... as palavras estão sendo ditas, as promessas cumpridas e os sonhos parecem quererem se tornar realidade!
Mas, até quando?
Limdes T_T
ResponderExcluirE ao mesmo tempo triste de se colocar em palavras...