terça-feira, 16 de fevereiro de 2010

Ao que nos enche de esperança...

As cartas que nunca chegaram, resolvem aparecer no correio onde não há nenhuma casa, as palavras nunca ditas antes, hoje soam um canto gregoriano sob um nascer do sol que ainda é escondido pelas montanhas, as promessas não cumpridas são agora pronunciadas com um tom de verdade que é abafado pela realidade, os sonhos não realizados, ganham novos personagens e paisagens que logo são trocados por pesadelos...

A dúvida, ela é o que permanece de mais certo que possuímos, nos deixa então confusos. Lidar com o que conhecemos é mais facil... saber o que esperar, quando esperar e também quando não esperar nada.
Mas quando fogem desses padrões ao qual deixamos nos acostumar e nos apegar para nos proteger de tudo que não seja aquele velho hábito, nos faz perder o sono, nos faz criar novamente aquela velha esperança que juramos nao voltar a ter jamais.

Então, nos deixamos novamente envolver no embalo da dança. Porém não somos mais quem a conduzimos. Somos guiados, sabemos apenas que estamos nos movimentando, mas nem pra onde ou o porque. Tentamos abrir os olhos, mas o salão está escuro.

Desconfiança é o que aparece então. Mas não conseguimos dar força para que ela se rebele e consigamos escapar, porque no fundo ainda queremos continuar na dúvida, na esperança e no escuro. Porque finalmente as cartas estão chegando... as palavras estão sendo ditas, as promessas cumpridas e os sonhos parecem quererem se tornar realidade!

Mas, até quando?

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