segunda-feira, 1 de fevereiro de 2010
Túnel
Todos sabemos o quanto é exaustivo trilhar o túnel da vida. É decepcionante e até mesmo tedioso quando parece que já estivemos ali antes e que não foi gratificante o quanto desejávamos que tivesse sido...
As vezes é como se chegássemos ao fim do túnel, com luz ou sem luz, o fato é que percebemos que o túnel acabou.
Quando apenas estamos atravessando, a cada novidade, desgostos, erros, tropeções - ou até mesmo momentos memoráveis, porque não!? - o que mais nos perguntamos é: "o que vem agora?" ... Mas quando chegamos ao fim, essa pergunta se transforma numa outra que soa sombria, sem vida, duvidosa, deprimente até. Nos perguntamos: "como continuar agora?". Porque ficamos sem rumo, sem espaço, sem aquele Norte para localizarmos e seguir em frente. Ficamos com medo de ter sido o máximo que conseguiríamos, e que aquele é realmente o fim de tudo.
Mas se pararmos pra analizar toda a caminhada até o momento, tudo o que construímos ou destruímos, veremos que sobrou uma peça, uma peça que não tem importância, que não fez falta... que não iremos dar valor. Mas é sempre com esta peça que construiremos o novo caminho a trilhar. Porque nos preocupamos muito em achar "a luz no final do túnel", - pensamos que trilhamos apenas um em toda nossa vida, mas se fosse assim, eu acreditaria no destino, que não podemos mudar o que já foi dado a nós lá no ínicio - mas como eu não acredito na pré-determinação... é em construir os novos túneis que temos que nos focarmos, construi-los com que já temos ou sobrou do anterior e com o que queremos que o novo se torne. E quando tivermos ele pronto, poderemos voltar à velha e nostálgica pergunta que nos faz querer continuar, que nos move; a clichê: "o que vem agora?"
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Há, nunca saberemos exatamente o que está por vir. Não gosto de túneis. Prefiro caminhar por passagens abertas e ensolaradas. *-*
ResponderExcluirDe qualquer forma, tudo escurece uma hora ou outra... Mas logo clareia de novo. :D