Ela veio até mim naquela madrugada fria e sombria. Eu estava apenas caminhando no parque como fazia quase todos os dias. Ela não se importou em saber meu nome; quem eu era ou talvez já o soubesse mas simplesmente não tinha importância para ela.
Eu tinha apenas 17 anos e sentia a vida se esvaindo de mim, eu empalidecia, porém, desejava-a como nunca desejei nada em toda minha vida. Eu a queria em mim, ansiava por seu corpo, mesmo tendo consciência de qual era o propósito daquilo e no que iria terminar. Ela, num ritual grotesco, mas prazeiroso, se deliciava com meu sangue.
Por um momento pensei se eu seria o único que tinha aquele desejo ou se todas suas vítimas gozavam pelo mesmo destino.
- Vampira! - Minha vida iria acabar nas mãos de uma linda e sedutora Vampira.
Meu último desejo era ao menos saber seu nome, sua história. Mas nenhuma palavra foi proferida de seus lábios carnudos e escarlates com meu sangue.
E eu, num último suspiro, sorri em meio à dor e ao prazer da morte.
quarta-feira, 28 de abril de 2010
domingo, 18 de abril de 2010
Colecionador de Memórias
Não me lembro de nada antes dos meus cinco anos de idade, até acho que me lembro, mas não são minhas tais memórias, são de pessoas que conviveram comigo e que sempre me contaram. Acabei tomando como minhas.
Não sei o motivo deste texto, talves nem exista ou talves eu descubra num outro tempo, mas também fica para a memória.
O fato é que hoje ainda possuo a dádiva de poder me lembrar quase tudo que vivencio. Amanhã eu já não sei se conseguirei, mas enquanto me for possível tal proeza, guardarei elas e as manterei protegidas, porém, de fácil acesso para quando me for preciso relembrá-las.
Podemos dividir as memórias em dois atos antagônicos: o da Felicidade e o da Infelicidade...
Onde nenhuma Felicidade por nenhum motivo dura para sempre, são momentos ao qual passamos que desejamos que dure para sempre no instante que passa, mas em contrapartida, inconscientemente queremos que passe, porque queremos compartilhar a "informação" vivenciada com quem temos confiança e amizade. É esse o papel e o final de toda felicidade: armazenar cada detalhe na mente para poder contar mais tarde e ficar em várias memórias.
Não obstante, também possuímos também memórias que nos arremetem à Infelicidade. Essas queremos esquecer ou então guarda-las apenas conosco. mas até para essas lembranças, há uma contrapartida, - ahh, sempre há - porque é dividindo essas memórias com os que temos apreço, é relembrando-as que ficamos aptos para seguir em frente, é compartilhando-as que acumulamos experiências e aprendemos como agir diante de novos osbtáculos.
Mas... o que fazer com tais memórias?
Taí, uma pergunta inútil, quase sem resposta ou com uma resposta muito óbvia se preferirem: muitas coisas ou talvez coisa nenhuma...
... De uma coisa tenho certeza, o que não dá é viver sem tê-las.
Não sei o motivo deste texto, talves nem exista ou talves eu descubra num outro tempo, mas também fica para a memória.
O fato é que hoje ainda possuo a dádiva de poder me lembrar quase tudo que vivencio. Amanhã eu já não sei se conseguirei, mas enquanto me for possível tal proeza, guardarei elas e as manterei protegidas, porém, de fácil acesso para quando me for preciso relembrá-las.
Podemos dividir as memórias em dois atos antagônicos: o da Felicidade e o da Infelicidade...
Onde nenhuma Felicidade por nenhum motivo dura para sempre, são momentos ao qual passamos que desejamos que dure para sempre no instante que passa, mas em contrapartida, inconscientemente queremos que passe, porque queremos compartilhar a "informação" vivenciada com quem temos confiança e amizade. É esse o papel e o final de toda felicidade: armazenar cada detalhe na mente para poder contar mais tarde e ficar em várias memórias.
Não obstante, também possuímos também memórias que nos arremetem à Infelicidade. Essas queremos esquecer ou então guarda-las apenas conosco. mas até para essas lembranças, há uma contrapartida, - ahh, sempre há - porque é dividindo essas memórias com os que temos apreço, é relembrando-as que ficamos aptos para seguir em frente, é compartilhando-as que acumulamos experiências e aprendemos como agir diante de novos osbtáculos.
Mas... o que fazer com tais memórias?
Taí, uma pergunta inútil, quase sem resposta ou com uma resposta muito óbvia se preferirem: muitas coisas ou talvez coisa nenhuma...
... De uma coisa tenho certeza, o que não dá é viver sem tê-las.
Assinar:
Postagens (Atom)