Ela veio até mim naquela madrugada fria e sombria. Eu estava apenas caminhando no parque como fazia quase todos os dias. Ela não se importou em saber meu nome; quem eu era ou talvez já o soubesse mas simplesmente não tinha importância para ela.
Eu tinha apenas 17 anos e sentia a vida se esvaindo de mim, eu empalidecia, porém, desejava-a como nunca desejei nada em toda minha vida. Eu a queria em mim, ansiava por seu corpo, mesmo tendo consciência de qual era o propósito daquilo e no que iria terminar. Ela, num ritual grotesco, mas prazeiroso, se deliciava com meu sangue.
Por um momento pensei se eu seria o único que tinha aquele desejo ou se todas suas vítimas gozavam pelo mesmo destino.
- Vampira! - Minha vida iria acabar nas mãos de uma linda e sedutora Vampira.
Meu último desejo era ao menos saber seu nome, sua história. Mas nenhuma palavra foi proferida de seus lábios carnudos e escarlates com meu sangue.
E eu, num último suspiro, sorri em meio à dor e ao prazer da morte.
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